segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Marca Da Besta

Uma aventura sensual e sobrenatural através do Brasil imperial! 

Marie é uma jovem costureira que trabalha duro para conseguir se sustentar.Tudo que ela quer é continuar a levar uma vida pacata, mas uma tragédia coloca em ação estranhos acontecimentos.E de repente, Marie se vê no meio de uma luta milenar, sem saber que é a chave para a sobrevivência de toda uma espécie. 

Galera !!! 
Escritora brasileira Maiê F. Rezende. 
Um tema sobrenatural histórico, Maiê nos presenteia compartilhando seu livro. 
Leiam e comentem pois ela gostaria muito que opinassem sobre o livro. 

Capítulo Um 

Rio de Janeiro, julho de 1889 
O Sol estava quase se pondo, uma brisa fresca ensaiou passagem por entre os cafés, livrarias e lojas da Rua do Ouvidor, espantando o calor acumulado ao longo do dia. 
Era inverno, mas isso não significava qualquer coisa nos trópicos, e nos fundos do pequeno estabelecimento ficava pelo menos 10 graus mais quente, pois compartilhavam a parede com a cozinha de uma famosa confeitaria. 
A menina limpou o suor com as costas da mão e se esforçou para terminar logo de cobrir o chapéu com uma vaporosa renda verde. 
Trabalhava como assistente no ateliê daquela modista há cerca de dois anos, tempo suficiente para saber que teria problemas se deixasse trabalho por fazer. 
–Maria, onde estão as fitas de veludo – perguntou Madame Claire colocando a cabeça para dentro do pequeno depósito, que funcionava também como sala de costura.  
–As entreguei antes do almoço madame! 
– Pois não sei onde foram parar– disse batendo palmas– vá, ande! 
Na verdade sua patroa de chamava Genivalda , mas toda modista que se preze devia ser francesa, por isso trocou o nome e tentava aparentar o sotaque. 
Metade de suas clientes também fingiam falar francês, uma atuação que funcionava perfeitamente se ninguém fizesse perguntas demais. 
Ela tão pouco se chamava Maria, por coincidência tinha nome e sobrenome franceses: Marie Dubois os herdara de sua mãe, nascida em Marselha e falecida no Rio de Janeiro apenas 19 anos depois. 
Maxime viera ao Brasil aos 17 anos trabalhar em uma afamada pension d’artistes. 
Essa espécie de lugar oferecia bebidas, musica e mulheres para os cavalheiros dispostos a gastar muito.
Por azar, Maxime engravidou poucos meses após chegar, gestações não eram incentivadas nesse tipo de negócio, mas de alguma maneira sua mãe conseguiu dar a luz. 
Os detalhes escapavam a Marie, mas a mãe continuou morando no mesmo casarão depois que ela nasceu. Lembrava pouco daquela época e menos ainda da mãe que morreu subitamente quando Marie tinha apenas dois anos de idade. 
A cortesã que acolhera Maxime, não tinha interesse e ficar responsável por uma criança, mesmo uma que prometia ser uma beleza quando crescesse. 
A mãe não deixara qualquer dinheiro, nem fora presenteada com jóias por algum cliente. 
Tudo que ficou foi um medalhão de pouco valor que Marie sempre levava no pescoço. 

Sem comentários:

Enviar um comentário